quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Porque será?

Porque será que vivo com a sensação de que somos governados por um grupo de rapazolas e raparigas, que nunca fez nada de realmente útil na vida!?

A contrapor a esse ambiente de associação de estudantes, quando aparece um Bagão Félix ou um Rui Rio, porque é que eu acho que parecem pessoas responsáveis e maduras que merecem ser ouvidas, mesmo que discorde das suas opiniões?!

Porque me parece estranho que Paulo Portas apareça como "o político mais experiente deste Governo" ? (e talvez por isso nunca está presente sempre que acontece algo relevante!).

Porque me incomoda que o ministro Relvas, a quem eu nunca compraria um carro, seja o estratega do governo?

Porque será que eu, que tanto me bati por correr com Sócrates, não me sinta agora mais descansado do que estava?

Porque será que sinto um ambiente de catástrofe no ar e tenho a sensação de que lá na sede do Associação de Estudantes não dão sequer conta do que aí virá (apesar do Pres. da Republica, dos ex-PR, do Cardeal Patriarca, dos militares, da dona Rosalina e as vizinhas não falarem doutra coisa!)?

Eu diria que a resposta está no primeiro parágrafo do texto, o que demonstra que podia ter ficado pelo início ...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

1ºdia - vamos lá :)

Depois de tudo arrumado na mochila :)

Dia 8 de Junho: ao final de um dia de trabalho, fizemos uma viagem até Viana do Castelo, para ficarmos a dormir na casa da Rita.

Dia 9 de Junho: Acordamos cedinho para irmos até à Estação da CP e aí começou a sessão fotográfica :) (o comboio partiu às 7:31m e chegou a Valença do Minho às 8:18m).

Chegámos a Valença e pedimos o nosso 1º carimbo na Estação da CP. Começamos aí a nossa caminhada até Redondela. Fotos e mais fotos...
Chegamos à fronteira (ponte de ferro), mais uma foto :)...eu ia toda entusiasmada. Na Catedral de Tui pedimos outro carimbo. No caminho tudo me parecia lindo, até chegarmos à zona industrial de Porrinho, talvez os 7kms piores de todos (carros, camiões, mt barulho, fábricas de um lado e do outro...). Aqui juntou-se ao grupo o nosso amigo Aquarius. Continuamos até Mós, pensámos que estávamos quase a acabar a 1ªetapa, mal sabíamos nós que ainda faltava muito para chegarmos a Redondela, cerca de uns 10kms. Aqui já tinha bolhas nos pés :(. Da entrada de Redondela até ao Albergue parecia que tínhamos andado mais 10Kms e foram cerca de 3Kms +/-.

http://www.rurismo.com/alojamientos/mostrar_foto.asp?cod_hotel=4433&cod_prov=PO&cod_foto=4433_1.jpg


Chegámos ao Albergue, apresentámos o B.I, a credencial e pagamos 5,€. Subir escadas, NÃOOOOOOOOOOOO! Mas tinha de ser para irmos para as nossas caminhas. Nem sei o q devia de fazer, tirar a mochila, as botas, e deitar-me ou seria melhor tirar apenas a mochila e ir jantar 1º? Bem vamos lá jantar...chegamos tarde e os albergues fecham às 22H. Jantamos num cafezinho de frente para o albergue, onde nos atenderam mt bem (só foi pena não haver sopinha quentinha!). Por fim banhoca, tratar os pezinhos e dormir... dormir, ou não! Nunca pensei que estando mt cansada não conseguisse dormir devido ao ressonar de algumas pessoas. O pouco que dormi soube-me muito bem e deu para recuperar a energia para o dia seguinte.

Beijocas e até ao 2ºdia

Lili

2ºdia - consigo andar?

Oi amigos!
No 2ºdia, pensei que estivesse pior. Além das bolhas nos pés, a nível muscular estava razoavelmente bem. No fim de arrumarmos tudo aí fomos nós ao mesmo cafezinho onde jantamos. O meu pequeno-almoço soube-me tão bem (leitinho com chocolate e torradas com manteiga)! Em seguida fomos tirar fotos em frente ao Albergue de Redondela e seguimos até Barro. De manhã estava calor, bebi a minha água toda, não me restou outra alternativa, se n tocar à campainha de uma casa que tinha a porta aberta, a Sra. foi mt gentil pois a água que nos ofereceu reforçou as forças para mais uns Kms. Chegámos a Pontevedra, eu e a minha prima (Nice), sentamo-nos num cafezinho que encontramos logo à entrada com esplanada à beira da estrada e esperámos pelo resto do pessoal para almoçarmos. Apesar do atendimento ter deixado mt a desejar, o almoço soube-nos bem. Quem vai e quem fica? A Alexandra tinha as “unhas” a deitar sangue, o Ulisses tinha os pés cheios de bolhas, a Filipa e o Sr. José António tinham dores musculares, acabaram por ficar em Pontevedra e não seguiram com o resto do pessoal . Ana vais connosco ou ficas? Decidiu continuar… Mochila às costas e aí vamos nós continuar o caminho…começámos a subir e vem uma Sra. a correr atrás de nós, estávamos enganados, oh não! Voltámos para trás, e seguimos até ao centro de Pontevedra para bebermos um cafezinho, comprarmos a comida (para o jantar e pequeno-almoço) e irmos à farmácia comprar mais Compeeds. O tempo estava a escurecer, eu e a minha prima ficamos para trás, pois ela não estava muito bem da barriga ;), começou a chover e nunca mais parou até ao Albergue. O caminho estava péssimo, em certos sítios parecia um rio, noutros era só lama devido às obras que andam a fazer para o TGV. Chegamos a Barro, os nossos amigos já aguardavam por nós, sentados numa esplanada de um cafezinho a comerem polvo. Aqui, comemos uma canja c grão de bico, que nunca nos esqueceremos, pois estávamos gelados, continuava a chover mt… Por fim, aí fomos nós debaixo da chuva que teimava em não parar, até ao nosso albergue solitário, que eu adorei :) (apesar de ter tomado banho com água quase fria, de não ter camas, de andar lá um ratinho…). A seguir ao banho, foi a sessão dos curativos nos pés, o nosso médico particular (Aquarius) fez uma intervenção nas unhas da Ana como a Rita explicou e eu tive de furar as minhas bolhas todas (q infelizmente não eram poucas), era só fios nos pés eheheehhe. Mas o mais importante é que deu para dormir muito bem. A minha prima dormiu em cima de um banco com medo do rato (foi um riso). Aqui dormiu também o nosso amigo Luís (Espanhol), que tinha ficado ao pé de mim no albergue em Redondela.
Deu para restabelecer o sono perdido na noite anterior e começar o caminho como nova (ou não, lol!)

Beijocas até à 3ªetapa

Lili

Os meus pezinhos

Aqui deixo duas imagens que merecem especial destaque :)
Ai bolhinhas...

Uma beijoca para todos.


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

1º dia visto por mim

Ora finalmente cá estou eu conforme prometido para partilhar convosco a minha experiencia, assim sendo há que começar pelo princípio. Já há algum tempo que tinha decidido fazer o Caminho de Santiago, só não sabia quando, já que não me aventurava a fazê-lo sozinha. Quis o acaso que a Lili e a Rita fossem fazer o Caminho com alguns amigos precisamente na altura em que eu estava de férias. Ora como não tinha planos para as férias tratei logo de “colar-me” ao grupo. Como fui bem aceite, comecei entusiasmadamente a ajudar a Lili nos trabalhos de casa, ou seja, na elaboração da lista com o que deveríamos levar, na pesquisa de sites e de blogs com dicas sobre o caminho, na compra do equipamento, etc. Tentámos também preparar-nos fisicamente para o dia, com umas caminhadas ao fim do dia, mas estas acabaram por ser apenas 2 ou 3. Ah! E não esquecer a árdua tarefa de fazer a mochila. Depois de feita, pesada e refeita algumas vezes, finalmente ficou pronta!

Chegou o dia da partida e confesso que estava um pouco apreensiva, não sabia muito bem o que me esperava, já que nunca tinha feito nada do género e apenas conhecia 3 elementos do grupo (éramos 10 ao todo). Ainda em Caldas conheci a Filipa e a Alexandra com quem fizemos a viagem para Viana do Castelo, pois aí iríamos pernoitar em casa da Rita.

Logo na 4ª feira (dia de inicio do caminho) começaram os sacrifícios, já que ter que levantar cedinho é coisa que detesto, mas enfim… era por uma boa causa. Após nos juntarmos em casa da Rita e de nos apresentarmos uns aos outros, seguimos (todos menos o Aquarius) para a Estação de Viana do Castelo onde apanhámos o comboio para Valença. Já em Valença foi preciso retirarmos da mochila a capa da chuva pois esta ameaçava tornar-se mais forte. Saímos de Valença pela ponte ferroviária para entrarmos em Tuy já território galego, aqui parámos na catedral para carimbarmos a credencial. Estava já a preparar-me para seguir caminho, quando ouço chamar “-peregrina, peregrina” lá me aproximei e o senhor (já com alguma idade) ofereceu-me uma pregadeira com uma seta amarela. Claro que fiquei à espera que a seguir me pedisse uma moeda e qual não foi o meu espanto quando tudo o que ele disse foi: “-sigue las flechas amarillas como esta” e me presenteou ainda com sorriso. São pessoas assim, despretensiosas, que tornam o Caminho único. Deixando Tui para trás lá segui viagem tendo por companheiro de caminhada durante a maior parte da manhã o Ulisses. Pouco depois deparámo-nos com o primeiro trecho de estrada de alcatrão, onde uma berma pintada a vermelho, cria alguma segurança. Segue-se uma das mais belas (e emblemáticas) partes do Caminho – A Ponte das Febres – logo após entrámos numa pequena povoação e não é que encontro à berma da estrada uma máquina de café Delta e uma com chocolates. Corri para a máquina desejosa do meu cafezinho matinal, mas infelizmente estava avariada (pudera ali ao sol e á chuva). Acabei por me contentar com um Kit Kat da máquina do lado que gentilmente partilhei com um cãozinho que se aproximou de mim com um olhar pedinchão : pois que o caminho é feito de partilhas. Pouco depois e ainda antes de entrarmos na malfadada recta de Porriño parámos perto do bar de Suzo para comermos as nossas sandes, e tomar um cafezinho no referido bar. Foi aqui que obtive a minha Vieira, símbolo do caminho, oferta do dono do bar. Após um curto descanso lá seguimos em direcção a Porriño. Na recta do polígono industrial de Porriño (7 kms de puro desespero) o Aquarius juntou-se ao grupo. Á entrada de Mós fiz uma pequena pausa junto a uma fonte onde tive a oportunidade de conversar um pouco com um espanhol e duas espanholas que também estavam a fazer o caminho. Após uns momentos de pausa seguimos para Redondela. Á saída de Mós existe uma subida muito íngreme que parece que nunca mais acaba. Acho que foi aqui que comecei a esmorecer e ainda faltavam uns kms para Redondela. Quase a chegar ao cimo o Ulisses deixa cair o bordão e não é que este começa a rolar ladeira abaixo fazendo com que o desgraçado tenha que fazer uma pequena corrida para o apanhar. Mas apesar de tudo não se pode desistir e há que andar para a frente, é que a seguir vem a descida para Redondela e eu não sei o que é pior, se as subidas se as descidas. Aqui confirmei mesmo que as descidas são piores, muito piores. Esta descida fi-la com a Cristina, precedidas de perto por uns “cromos” que estiveram quase, quase a sentir o peso do bordão da Cristina nas costas, mas finalmente lá nos conseguimos livrar deles. Afinal também há “palermas” no Caminho, claro que tinham que ser tugas :D Chegadas a uma “obra” perguntamos aos trabalhadores se faltava muito para Redondela ao que eles responderam que faltava apenas 1 km. 1 Km para eles porque para nós pareceram 3 ou 4. Finalmente entramos em Redondela e chegamos ao albergue. Quando depois de termos feito o “check in” me deparo com umas escadas ia morrendo, mas lá as subi e resolvi esperar pelos companheiros ali mesmo, enquanto a Cristina lá arranjou coragem para descer novamente à espera do grupo. Depois de um banhinho retemperador resolvemos ir jantar. Descer aquelas escadas foi um suplício, sempre que dava um passo as minhas pernas tremiam e eu só me perguntava quando é que iria me desequilibrar escada abaixo. Com alguma dificuldade lá atravessei a Praça para comer qualquer coisa e voltar para o albergue para dormir. O cansaço era tanto que mal dei pelos ataques epilépticos do casal da frente ou pelos roncos do Zé António.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Olá a TODOS!

Venho por este meio, perguntar se me dão autorização para "arrumar a casa", ou seja, colocar as postagens todas juntas, do tipo 1ºdia, 2ºdia...
Beijocas

domingo, 11 de julho de 2010

Fotos do 2º dia

Como a ritinha não conseguiu colocar as fotos do 2º dia, decidi tentar eu e deixar aqui algumas das fotos do dia 10.




Pequeno almoço no tal cafezito em frente ao albergue de Redondela antes de iniciarmos mais uma etapa


Á saída de Redondela


O merecido descanso dos "guerreiros"


Na esplanada junto à rotunda de Pontevedra "picando" um puelvito e revueltos


Finalmente o albergue de Barro. Uns dormiram mesmo no chão mas houve quem por uma boa razão decidisse dormir em cima de um banco :)


E pronto! Estas foram algumas das fotos do 2º dia. Prometo voltar cá para responder ao desafio lançado pelo Zé Tó, mas não hoje nem nos proximos dias que o tempo livre tem sido escasso.

Beijinhos e até à próxima